Chefs portugueses distinguidos pelo Guia Michelin revelam segredo do sucesso
Qualidade dos produtos, desempenho das equipas e apoio da família são alguns dos ingredientes para o sucesso na alta cozinha
A edição de 2017 do Guia Michelin atribui duas estrelas a dois novos restaurantes portugueses e a primeira estrela a sete espaços, totalizando vinte e um restaurantes premiados, cinco com duas estrelas e 16 com uma estrela. “À volta do chef, há uma estrutura e uma grande equipa”, justifica à Lusa o chef Benoit Sinthon, que conquistou a segunda estrela do Il Gallo d’Oro, no Funchal, ao fim de oito anos com uma estrela.
O chef Rui Paula foi agraciado com a primeira estrela na Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, mas afirma que não vai “ficar por aqui”. "Vamos continuar a receber os inspetores [do guia Michelin], porque temos todas as condições para chegar longe”, acrescenta. O chef dirige três restaurantes e tem uma equipa de 70 pessoas.
Vítor Matos, do restaurante Antiqvvm, do Porto, também ganhou a primeira estrela, após um ano da abertura do espaço. "Não somos ninguém sem os nossos pilares, seja em casa seja no trabalho", afirma. O que procura na cozinha é “uma harmonia perfeita entre os ingredientes e que haja uma história para contar".
O chef do The Yeatman, em Gaia, Ricardo Costa, conquistou a segunda estrela e considera que tal se sucedeu pelo trabalho consistente que tem feito nos últimos anos. "Trabalhamos o produto nacional, com técnicas modernas”, explica. Henrique Sá Pessoa (na foto), o chef do Alma, no Chiado, ganhou a primeira estrela e recorda que a sua equipa trabalha para tal desde o projeto do anterior estabelecimento com o mesmo nome.
O Loco (na foto), de Lisboa, conta com a genialidade do chef Alexandre Silva, que ficou surpreendido por receber a primeira estrela Michelin no seu espaço que conta com menos de um ano de existência. "Portugal está a mudar, o guia tem mais respeito por nós, pela nossa cozinha e pela nova vaga da cozinha portuguesa", considera.
José Avillez, o detentor de duas estrelas no Belcanto, em Lisboa, justifica o aumento do número de restaurantes portugueses no Guia Michelin. O chef considera que os estabelecimentos têm "mais consistência, por terem mais clientes e mais turismo, o que permite viabilizar financeiramente os projetos".
Fonte: RTP
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