Jardim do Palácio de Queluz abre dia 5 depois da recuperação
Os jardins do Palácio de Queluz voltam a ter a imagem que tinham no século XVII
O Jardim Botânico do Palácio de Queluz, em Sintra, vai ser reinaugurado amanhã, dia 5 de Junho, após uma obra de reabilitação avaliada em cerca de 815 mil euros. A partir desta data, vai poder ver os resultados das obras de recuperação do Palácio de Queluz e respetivos jardins, principalmente no Jardim Botânico, que voltou a ter uma imagem aproximada à que tinha no século XVII.
Os trabalhou de recuperação deste espaço incidiu sobretudo na reposição de quatro estufas, de acordo com a interpretação dos desenhos históricos, dos resultados das sondagens arqueológicas realizadas no local e dos regulamentos atualmente em vigor. A intervenção também serviu para restaurar elementos como as balaustradas que delimitam o jardim e ainda pormenores como os bancos, os painéis de azulejos, as cantarias do lago central e a estatuária.
O Jardim Botânico foi construído entre 1769 e 1780, no período barroco-rococó. Ao longo dos anos foi sofrendo vários desgastes e ficou ao abandono, sendo que em 1940 transformou-se num roseiral. Devido às cheias que ocorreram em 1983, ficou destruído novamente, sendo depois transformado no picadeiro da Escola Portuguesa de Arte Equestre.
A investigação histórica que levou à reconstituição do Jardim Botânico do Palácio de Queluz como era originalmente teve início em 2012. Foram encontradas estruturas que faziam parte do jardim antigo, como as fundações das estufas, do lago central e da estatuária, que ao longo dos anos tinham sido abandonadas ou integradas nos Jardins de Queluz.
Foram ainda trabalhadas funções mais práticas, como é o caso do abastecimento de água, drenagem, energia e comunicações, que dão resposta às necessidades funcionais das estufas e jardins. Foram também acrescentados caminhos em saibro granítico que delimitam 24 canteiros e na borda de cada um foram plantadas dez mil plantas de murta. Também foram plantados ananases na estufa a lembrar os tempos em que se realizavam faustosos banquetes no Palácio de Queluz.
Fonte: Diário de Notícias
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