Lojas históricas do Porto vão ser protegidas pelo municÃpio
A Livraria Lello, o Café Majestic e o Piolho vão ser algumas das lojas protegidas no Porto
Já estão identificadas as primeiras lojas históricas que a Câmara Municipal do Porto vai proteger no âmbito do programa “Porto de Tradição”. Foram selecionados 37 espaços de uma lista de 80, entre livrarias, cafés, mercearias, farmácias, restaurantes e ourivesarias. Um dos que está na lista é o Café Guarany, que em 2016 correu o risco de fechar devido à nova Lei das Rendas e da maior procura no centro da cidade, por causa do turismo.
Nesta lista também consta a Livraria Académica, num ato de resistência de Nuno Canavez, e a bela Livraria Lello, considerada uma das mais belas livrarias do mundo e uma das maiores atrações turísticas do Porto, que passou a usufruir de maior liberdade financeira depois de passar a cobrar uma entrada de três euros por visitante (que é dedutível na compra de livros).
Outros dos estabelecimentos escolhidos são a Favorita do Bolhão, a Casa Aleixo, o Café Piolho e o Majestic, a Arcádia, a Machado Joalheiros, a Padaria Ribeiro e o restaurante A Regaleira, onde se diz que nasceu a francesinha, são alguns dos outros estabelecimentos selecionados. A Escovaria de Belomonte, que já conta 90 anos, também vem na lista.
Um dos critérios de seleção é o tempo de serviço, os estabelecimentos têm de somar pelo menos 50 anos de serviço. Outro é a viabilidade financeira. O objetivo é não financiar lojas que não consigam subsistir sozinhas, criando concorrência desleal. As lojas selecionadas passam a estar protegidas pelo programa “Porto de Tradição”, que prevê a criação de uma nova lei que permita dar benefício na questão da Lei das Rendas, impedindo que os proprietários dos imóveis possam dispensar negócios históricos com facilidade.
De fora deste projeto ficaram vários espaços icónicos da cidade, como o Café Ceuta, o Café Progresso e a Pérola da Bolhão. Espaços como a Adega do Olho já não conseguiram esperar por ajuda e fecharam portas para sempre, depois da compra do edifício pelos investidores que optaram por encerrar a histórica taberna.
Fonte: Observador
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