Cidade de Lisboa pode vir a ser Património Mundial

A candidatura de Lisboa a Património Mundial da Humanidade foi aprovada pela UNESCO

A candidatura “Lisboa História, Cidade Global” foi validada pelo Comité do Património Mundial da UNESCO na Lista Indicativa de Portugal a Património Mundial. Este é o primeiro passo para agora poder ser apresentada a candidatura à lista de Património Mundial da Humanidade. Esta é uma candidatura abrangente e integrada, assente no conceito de Paisagem Urbana Histórica, que além do centro histórico valoriza o contínuo histórico e espacial.

Este tipo de abordagem vai incluir a topografia do local, a geomorfologia, hidrologia e recursos naturais, o seu ambiente construído, as suas infra-estruturas acima e abaixo do nível do solo, os espaços abertos e jardins, os padrões de uso do solo e a organização espacial, assim como todos os outros elementos da estrutura urbana. Inclui ainda práticas e valores sociais e culturais, processos económicos e as dimensões intangíveis do património relacionado com a diversidade e identidade.

A área proposta na candidatura corresponde ao plano de reconstrução da cidade aprovado em 1758, incluindo a Baixa Pombalina entre o antigo Terreiro do Paço (atualmente Praça do Comércio), a colina do Chiado e a área adjacente ao rio Tejo. Para Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, “a notícia da inclusão de ‘Lisboa Histórica, Cidade Global’ na lista indicativa da UNESCO reveste-se de enorme importância para o Município”.

O presidente da Câmara de Lisboa tenciona apresentar Lisboa como uma cidade singular nas suas características, “uma urbe em constante transformação, onde coexistem o antigo e o contemporâneo, cosmopolita, inclusiva, sustentável e solidária – candidata a ser distinguida coo Património da Humanidade”.

A candidatura de “Lisboa História, Cidade Global” foi aprovada, por unanimidade, em 2016, em reunião de câmara, de acordo com a proposta subscrita pelos vereadores Manuel Salgado e Catarina Vaz Pinto, e posteriormente aprovada pela Comissão Nacional da UNESCO. Esta poderá já ser avaliada na próxima reunião do comité do Património Mundial da UNESCO já em 2018.

Fonte: Observador