Aproveite as sessões de cinema ao ar livre em Lisboa
Da extensa lista de coisas ótimas que o verão oferece, o cinema ao ar livre é das melhores, e melhor que nunca nestas noites mornas
Por João Galvão
E mesmo que refresque um pouco mais em algumas destas plateias ao ar livre há uma mantinha para si. E em algumas delas, até mesmo pipocas e cocktails desenhados à medida da fita que se vê.
Há várias iniciativas do género espalhadas um pouco por todo o pais, algumas mesmo gratuitas, mas estas escolhidas por nós distinguem-se da restante oferta, não só pela seleção dos filmes, mas mais ainda pelo carácter único do local onde se está.
Antes do mais, Lisboa: o melhor cinema ao ar livre na capital é completamente novo e estreado este ano. O Cine Society é, nas palavras dos promotores, a “definitiva experiência cinéfila ao ar livre”. O spot é por si imperdível, ao lado das alturas do topo do Elevador de Santa Justa, com vistas sobre a Baixa, o Rossio e a querida risca de Tejo, ao longe e à direita. As cadeiras são espreguiçadeiras, de lona listada, mais de praia que de sala, e para além das pipocas com que já contava, pode bebericar um cocktail desenhado à medida do filme que irá ver. Por exemplo, na noite de 24 de agosto, a casa propõe-lhe acompanhar o Grand Hotel Budapest com um Hungarian Sharpener, que eu não sei o que é mas espero que seja tipo spritz.
Os filmes começam às 21h00, por isso a primeira bebida serve para acompanhar o melhor da luz lisboeta, a hora a que ela se vai embora e o céu começa a ganhar tons de azul noite e profundo. Para que o som não se perca no ar, cada espectador tem direito a um par de phones.
Das fitas destacamos a já referida Grand Budapest Hotel, a 24 de agosto, e Shaun of the Dead, a 31 do mesmo mês. Custa €8,50, mais info em cinesociety.pt.
Também no Porto o cinema ao ar livre não foi esquecido. Como tanta coisa em Serralves, o verão passa também pelo belo parque e inaugurou já ontem, dia 7. O cinema está inserido no programa mais abrangente e todo noturno “Há Luz no Parque”. São 5 sessões que compõe a primeira retrospetiva integral de José Álvaro Morais, mais a sessão inicial, já a 17, onde o realizador José Nascimento nos apresenta uma imagem mais íntima do processo criativo do mestre.
Sempre na Clareira das Bétulas, às 22h00, mas chegue antes, as luzes acendem às 21h00 e o Parque, iluminado de propósito para estas noites, vale mesmo a pena. Custa €3 ou nada, mediante a apresentação do bilhete Parque, e €1,5 para os amigos da instituição.
Mais info em serralves.pt.
E por fim Sintra, cinema ao ar livre aqui só é possível em plena canícula, com aqueles frescor e humidade que só em Sintra são encantadores. Por isso é aproveitar e o sítio não podia ser melhor, a colina suave e relvada de Monserrate como pano de fundo e sofá, e garantidamente o Vertigo de Hitchcock no dia 22.
Este ciclo é o que acaba mais cedo, já no fim de julho, e vale definitivamente ir enquanto pode. Custa €5 e €3,50 para jovens entre 6 e 18 anos. Todo o programa em parquesdesintra.pt.
Crédito foto de abertura: Hampus Alexander Photography
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