Mercado de Matosinhos: mais design, no prato, ao Norte
10 anos depois de ser varrido pelo design, o emblemático Mercado de Matosinhos ganha agora 3 novos espaços
Por João Galvão
Em 2007 começou uma aventura que tem vindo a mudar a cara do tradicional Mercado de Matosinhos. É certo que este tipo de revitalização já não é nova. Nova é a forma como desta vez tem sido feita a mudança.
O Mercado começou a ser construído em 1936 e está já classificado como Monumento de Interesse Público. Tendo em vista a necessidade de reabilitar o imóvel e revitalizar a sua atividade, a Câmara Municipal de Matosinhos iniciou em 2008 um processo de requalificação faseada, o qual implicou, para além de obras de restauro, a reorganização dos comerciantes tradicionais de modo a permitir a renovação e a diversificação do tipo de atividades que ali estão instaladas.
Esta é a diferença que torna o Mercado de Matosinhos único entre os seus pares: Tendo preservado as atividades tradicionais ligadas ao peixe e aos produtos frescos, que constituem a verdadeira alma do lugar, o Mercado Municipal de Matosinhos abriu-se a propostas e a estabelecimentos com uma lógica mais contemporânea, permitindo assim a captação de novos clientes. A incubadora de empresas de design inaugurada há três anos, a nova imagem institucional adotada no ano passado e o novo mobiliário contribuíram, assim, para o sucesso de uma estratégia que atrai cada vez mais visitantes ao mercado e a Matosinhos.
Imagem do ante-projeto do Mercado, usada pela Vestígio para renovação gráfica do espaço.
As novas companhias para as antigas peixeiras e vendedores de fruta e legumes são também eles todos do foro do prato: o restaurante Al Mercato, do conhecido chef Sergio Crivelli, a Azeitoneira do Porto no Mercado e a Padaria Pão da Terra.
A partir de 29 de julho, e para o crescente sucesso do mercado, passam agora a contribuir as especialidades italianas de peixe do chef Sergio Crivelli (que também traz massas frescas e refeições sem glúten), as azeitonas, tremoços, enchidos, queijos, vinhos e petiscos da emblemática e centenária Azeitoneira do Porto e o pão oloroso, quente e biológico da Padaria Pão da Terra (que também conta com compotas e manteigas caseiras, café e leite vegetal).
Este é mais um passo na persecução que a cidade – que também por isto deixou há muito de ser satélite para ser autónoma – tem desenvolvido para fazer do design e das renovações espaciais uma sua marca distintiva.
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