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Santa Clara – reservadíssimo direito de admissão

Hotel Santa Clara
Por JoÁ£o GALVÁƑO hÁ¡ 8 anos
Categorias :
Hotelaria

O Santa Clara é um hotel peculiar

Ao contrário de todos os outros, o Santa Clara 1728 não quer que muita gente saiba da sua existência.

 

E conhecendo o projeto percebe-se porquê. Da elevação de espírito do Santa Clara 1728 faz parte um certo recato, raro na grande maioria dos hotéis da capital e do mundo. No Santa Clara não se persegue um lucro fácil e imediato, sem medir as consequências que o futuro trará certamente para o turismo desbocado e desbragado que se pratica, especialmente agora, que ‘Lisboa está tão na moda’.

Hotel Santa Clara

 

Quando liguei para saber informações, do outro lado da linha houve, de início, um silêncio incomodado, seguido de um pedido de desculpas por talvez este meu pedido não ter deferimento.

 

A casa de Santa Clara (chamar-lhe hotel, agora, não me parece fazer sentido) é realmente um sítio especial que não deve, nem pode, ser estragado por quaisquer convivas. Chamem-lhe estratégia de marketing, chamem-lhe o que quiserem, há hotéis que têm mesmo que ser mesmo assim, casas antes de tudo.

 

Esta casa é um edifício apalaçado do século XVIII que os atuais proprietários encontraram no Campo de Santa Clara, um dos melhores spots lisboetas para quem ama Lisboa, uma zona que só acorda às terças-feiras e aos sábados, com a Feira da Ladra. De resto, a sombra do Arco renascentista de São Vicente, a cúpula enorme mas graciosa em branco calcário de Santa Engrácia e a lista de brando azul do Tejo são as únicas permanências, históricas, silenciosas e relaxantes como um Prozac natural e sem contraindicações.

 

O encanto lançado sobre os proprietários foi tão grande que reservaram para si o espaço suficiente para dali fazerem também a sua casa de família.; deste modo, a vontade de bem receber bons convivas é levada ainda mais a peito.

 

O projeto arquitectónico é de Manuel Aires Mateus, amigo de família, que gizou outros projetos para os mesmos proprietários. O briefing era simples: não só respeitar o espaço histórico existente, mas juntar-lhe a serenidade e o conforto tão da obra de Aires Mateus. Foram usados os materiais rotineiros das casas desta tipologia lisboeta ( e das suas igrejas e monumentos), como mármore de Lioz, sobrado em pinho e azulejo nacional.

 

O hall, enorme e abobadado, pega com a sala de jantar onde uma longa mesa com 6 metros de comprimento em carvalho, desenhada para o efeito, pode acolher até 20 convivas. As refeições são aqui feitas, juntando credos, raças e idades, comummente, como numa só família (não é assim que queremos o mundo?).

 

Hotel Santa Clara Neste piso térreo há ainda um pequeno jardim, como um claustro laico, para ler, apanhar fresco ou simplesmente não fazer coisa alguma.

 

Mas é lá dentro que o design impera: as camas são da B&B Italia, desenhadas por Citterio, e os sofás são da Living Divani. Há cadeiras e mesas por H. J. Wegner para a Carl Hansen e as banheiras e lavatórios são imponentemente em mármore de Lioz, que em fundo de pinho, como o do chão tradicional, fazem das zonas de águas pequenos e domésticos spas.

 

O Santa Clara dispõe de 6 espaçosas suites, divididas em dois tipos: as Suites Santa Clara, com cerca de 70m2, para 2 adultos e 2 crianças, ou 3 adultos, e as Suites Tejo, com 50m2 que acomodam 2 adultos.

 

Os preços variam entre 300 e 380 euros cada noite, que incluem pequeno-almoço, chá, café, snacks e minibar.

 

Para mais informações aceda por favor a www.santaclara1728.com

 

 

Crédito fotos: Nelson Garrido