Ponte 25 de Abril não está em risco mas precisa de obras
Para evitar que a situação se agrave, tem de se realizar obras ou reduzir o tráfego na Ponte 25 de Abril
Depois da comunicação social portuguesa entrar em polvorosa, chegou-se à conclusão que afinal a Ponte 25 de Abril não corre o risco de entrar em colapso de repente. No entanto, esta corre o risco de sofrer pequenos colapsos, de acordo com o relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que garante que a estrutura não corre o risco de ruir, mas precisa de obras a curto prazo ou então de reduzir o tráfego ferroviário para evitar que a situação se agrave.
“A palavra ‘colapso’ é utilizada em termos de engenharia em vários contextos. Na Ponte 25 de Abril já se verificou o colapso nas zonas que têm as fissuras. Pontualmente, nas zonas onde tem fissuras, já entrou em colapso. Aquilo que é referenciado neste relatório é que, além da situação pontual, pode ocorrer o colapso de algum elemento estrutural: um conjunto de pontos, uma chapa de aço que está colocada em cima de uma viga. É esse o colapso que está referenciado naquele parágrafo, onde é utilizada esta palavra”, explica Carlos Pina.
O primeiro projeto da Ponte 25 de Abril, que data de 1966, já previa que a infraestrutura fosse reforçada para o tráfego ferroviário. No entanto, esta tem representado um esforço para a ponte. Se as obras não forem realizadas rapidamente, vão ter de ser adotadas “medidas de mitigação, como a redução do tráfego ferroviário”.
De acordo com o relatório do LNEC, vão ser necessário um total de três anos para corrigir os problemas da Ponte 25 de Abril, um ano para se iniciarem os trabalhos e dois para eles acontecerem. “Talvez um pouco mais se atrasarem um pouco as obras”, lê-se no relatório. “Mas nessa altura já foram resolvidas as zonas mais gravosas”, ressalva Carlos Pina.
No início do mês passado foi anunciado que a Ponte 25 de Abril vai ter obras profundas, devido aos problemas identificados pelo relatório do LNEC. As intervenções vão ter o custo de 18 milhões de euros, sendo que estão à espera do concurso público internacional de adjudicação.
Fonte: Nit
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