Ãfrica a pouco mais de uma hora de Lisboa
O olhar, o traço, a cor, a estética, a sensibilidade, o talento e os sons africanos têm um palco excecional na capital do Alentejo
O Évora África é um festival de arte e música africana que vale a pena uma escapadela até 25 de Agosto. É inusitado, mas enche a alma... Num palácio onde reis, príncipes e duques já estacionaram, agora o brilho é da arte e da música de raiz africana da autoria de mais de 30 artistas oriundos dos quatro cantos de África – Moçambique, Madagáscar, Costa do Marfim e Burkina Fasso, só para citar alguns dos países que foram objecto de curadoria e da paixão duma aristocrata portuguesa, Alexandra de Cadaval, mentora e organizadora deste acontecimento cultural único em Portugal.
Fotografia do senegalês Omar Victor Diop
Em pleno centro histórico de Évora, o Palácio Cadaval renovou-se em todo o seu esplendor para receber uma seleção criteriosa de fotografia, pintura, colagem e de outras técnicas e expressões artísticas que honram a matriz africana no expoente máximo do seu olhar, da sua composição de cores, da sua ironia e do seu humor, da sua crítica social, da sua ilusão e também do seu desengano. Entre a arte que se expõe nas paredes da secular casa de família dos duques de Cadaval e os sons que se ouvem em momentos pontuais de espetáculo dentro e fora do palácio (o programa também contempla o Templo Romano, as Bibliotecas da cidade, o Cromeleque dos Almendres e a Sociedade Harmonia Eborense), o Évora África é uma viagem pelo quotidiano da sensibilidade africana!
Com a mentora deste projeto está um grupo de curadores experts em arte e música africana: André Magnin, Philippe Boutté, Alain Weber e Alcides Nascimento, todos desde a primeira hora responsáveis por uma seleção que enche a alma de quem tem África no coração ou... de quem vive na ilusão duma aventura pelo continente africano... ou então... de quem não faz ideia de como a expressão artística africana é uma caixa de Pandora...
O PalaÌcio Cadaval no centro histoÌrico de EÌvora
A pouco mais de uma hora de Lisboa, até 25 de Agosto, o prazer pode ser deleitar-se com o olhar dos moçambicanos Mauro Pinto e Filipe Branquinho ou do senegalês Omar Victor Diop, com o desenho e a composição de cores da sul-africana Esther Mahlangu ou com o realismo ornamentado do congolês JP Mika, entre muitos outros artistas que são também “pano de fundo” para a sonoridade de múltiplos instrumentos musicais e a vocalidade tipicamente africana.
Tal como se oferece em Évora, este acontecimento cultural é uma experiência surpreendente e libertadora neste recanto da velha Europa. A não perder!
DJ portuguesa Rita SoÌ
Entrada grátis nas exposições ao domingo e nos espetáculos todos os dias.
De segunda a sábado entrada €8 nas exposições.
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