Noite perfeita na Lisboa gay
Acabou de chegar sozinho? Busca companhia e quer o melhor spot para a encontrar? Este é o roteiro gay para o verão de 2018.
Como não há um gay tipo, trazemos-lhe uma lista dos sítios que estão a bombar em Lisboa para quem tem uma escolha alternativa de vida. Mas até esta expressão “alternativa” nos parece já tão desaquada, é como se qualquer um de nós tivesse uma escolha e uma alternativa. Olhe, seja gay, seja straight, vá a qualquer um destes, será com certeza uma diversão, depois durma ou não com quem quiser.
Antes dos sítios clássicos, onde todos os gays lisboetas vão desde sempre, trazemos-lhe as grandes novidades de ‘mercado’. É gordo e peludo mas anseia por amor como qualquer lindo espadaúdo a la mode? Saiu ontem do armário e quer começar num nível suave? Seja qual for a sua escolha trazemos-lhe o que há de novo e o que já é clássico na noite gay lisboeta, a começar pelo recente e fora-da-caixa.
A boa parte – para além da sua – é que todos ficam mais ou menos perto uns dos outros, e se não gostar de um pode facilmente buscar companhia noutro.
Desde sempre que o Príncipe Real e respetiva envolvente, especialmente a colina que dele desce até São Bento, é o terreno gay da capital, e desde que as mentalidades se tornaram mais tolerantes, esse carimbo é muitas vezes usado como forma de marketing, e quem quer abrir em Lisboa um bar gay tem antes do mais que o tentar ali.
O Woof LX antes dos ursos entrarem na toca.
O Woof LX fica na Rua da Palmeira (pleno território demarcado, a meio da colina) e é mata de ursos. Mas não precisa de ser urso para entrar. Há de encontrar muita barba e muito pelo, mas o ambiente é cool e descontraído e ninguém lhe pedirá dinheiro à entrada.
Imagem da escolha alternativa do Bar Cru. A foto de abertura deste artigo é também uma das que apimentam o site do Bar Cru.
Se a sua onda for alternativa + something e esperar ainda que o Tom Cruise faça uma versão do Eyes Wide Shut só com rapazes, tem que passar pelo Bar Cru. Auto define-se como fetish bar, e fica também na encosta onde mais portas de armário se abriram, na Rua de São Marçal. Há festas de nudismo, roupa interior e fetiche todos os dias, que para ser bem mais kinky podem começar logo às 5 da tarde; não há nada como sair do escritório, tirar a gravata e o resto e ir para uma festa alegremente abanar o pirilau. O dress-code implica, claro, nada mais que nada, roupa interior, cabedal ou látex. Por motivos óbvios o bar oferece um cacifo e por outros menos óbvios, preservativos e lubrificante. No balcão, para além do que se esperaria, há ainda poppers disponível.
Exemplo de como podem correr as noites do Trumps.
Numa onda menos alternativa, mas nem por isso menos divertida, há o Trumps, que nos anos 80 e 90 salvou muito rapaz de ir para casa sozinho e onde a música é ainda garantia de animação e dança desenfreada, essencialmente house, pop e funk e graças a deus, algum revivalismo à mistura.
Deborah Crystal, uma das divas consagradas do Finalmente
O Finalmente é a casa decana desta lista, tem afinal já 42 anos de existência. É sempre divertido lá entrar, e os espetáculos de travesti são épicos, desde sempre. Porque as divas desta casa não são egoístas, o Finalmente tem semanalmente um show dedicado às estreantes anónimas, chamado “Lugar às Novas”, onde as transformistas desconhecidas têm os seus 5 minutos de fama e com sorte, o início de uma carreira sob os holofotes.
O elenco tem sido sempre ao longo dos anos criativo e animado, e muitas estrelas do transformismo nasceram no Finalmente. O espaço é pequeno, mas pode sair de vez em quando com o copo na mão, cá fora a companhia é tão alegre como lá dentro, e a noite lisboeta ali, perto do rio, promete aroma de maresia e brisa fresca.
Fotos dos sites ou FB dos locais.
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