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O governo de centro-direita não obtém a confiança dos deputados

Governo de Direita
Por Inês ALMEIDA hÁ¡ 10 anos
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Turismo Portugal

Os acontecimentos recentes vieram confirmar que a falta de confiança dos deputados no governo de centro-direita de Pedro Passos Coelho, que uniu o PSD (o seu partido) aos democratas cristãos do CDS.

 

A facção de esquerda, que dividiu as eleições parlamentares de 4 de Outubro, deixando o centro-direita na frente, uniu-se desta feita para rejeitar essa confiança por 123 votos a 230. O Partido Socialista, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda têm, portanto, encontraram uma forma de se unirem após a sua derrota eleitoral.

 

Depois de apenas 11 dias da entrega do poder ao agora ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, Portugal é obrigado a rever a sua decisão. Em causa estão as medidas de austeridade com que o país foi confrontado.

 

Com apenas 104 deputados eleitos, o ex-primeiro-ministro tinha, de facto, a difícil tarefa de encontrar aliados, o que ele não foi capaz de fazer por não anunciar o desafogo esperado por Portugal, depois destes longos anos de restrições.

 

A dissolução do Parlamento deve ser feita no prazo de 6 meses antes ou depois de uma eleição presidencial, de acordo com a constituição. Mas a eleição presidencial será realizada em Janeiro; o que significa que, independentemente do governo que será criado, este vai ter a confiança da Assembleia, tal como se verifica hoje em dia.

 

Que política para amanhã?

 

Cabe agora à esquerda encontrar um terreno comum para alcançar a política esperada pelos portugueses com uma nova proposta do governo, e não repetir os erros anteriores que lhe valeram essa perda de voz. A menos que o centro-direita encontra aliados, e que consiga mudar o curso da política. O tempo vai dizê-lo, mas Portugal poderá vir a beneficiar de uma política menos rígida nos próximos meses, mais baseado no renascimento do consumo e menos na contenção fiscal.