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Não perca o ciclo “O Cinema e a Cidade” na Cinemateca

O Cinema e a Cidade
Por Inês ALMEIDA hÁ¡ 8 anos
Categorias :
Atividades Lisboa

A Cinemateca dá-lhe um pretexto para sair de casa nas noites de Outono

 

O outono pode estar aí a chegar – apesar de, pelas temperaturas que se fazem sentir, ninguém o dizer – mas não pense que Lisboa se torna menos interessante por isso. Fecham as praias, mas abrem-se muitas outras possibilidades. Como passear nas ruas adornadas pelas folhas de tons quentes com um pacote de castanhas fumegantes na mão, comer um brunch delicioso e tardio ou deixar-se entreter por uma das inúmeras atividades que acontecem, agora, na rentrée em Lisboa.

 

Temos falado de vários festivais de cinema que acontecem um pouco por toda a capital e, naturalmente, a Cinemateca também tem planos para si. Desta feita, um ciclo de cinema que propõe uma reflexão sobre o binómio cinema-cidade. Esta atividade é um misto de ciclo, colóquio e debate itinerante e a sua programação estende-se até ao mês de novembro.

 

O ciclo envolve 46 programas e cerca de 100 filmes. Este iniciou-se a 2 de setembro e termina em novembro. Destacam-se filmes ligados a uma cidade, que a tomam como centro da narrativa e que participam na construção do imaginário dessa cidade, levando a uma reflexão sobre esta. O programa envolve ainda um núcleo de filmes cujo objeto é a própria experiência da sala de cinema e a transformação das salas nas suas conexões com a vivência urbana.

 

Nesta segunda parte do ciclo, entre as sinfonias urbanas conotadas com as vanguardas dos anos vinte e trinta e outros filmes com elas associados, a Cinemateca apresenta títulos mais raros como Les Halles, Montparnasse (na foto), Études sur Paris ou Alfama a velha Lisboa. Esta categoria inclui filmes em que o décor citadino impõe uma mise en scène conforme, reproduzindo várias das qualidades da cidade moderna e celebrando simultaneamente os seus ritmos.

 

É neste ciclo que vai poder ver filmes como Människor I Stad, do sueco Arne Sucksdorff ou Do the right thing, de Spike Lee. O famoso filme de Wenders fala-nos das cidades divididas representadas por Berlim e as obras de Pialat e de Godard traduzem o fascínio Nouvelle Vague pela cidade de Paris e a sua importância na constituição de uma imagem para a capital francesa.

 

De acordo com a organização, este é “um programa necessariamente aberto e sempre incompleto pela pluralidade de cinematografias, géneros e questões que abrange, assumindo as cidades não apenas como lugares, mas como personagens”.

 

 

Fonte: Cinemateca