Arquipélago dos Açores quer um destino turístico sustentável

Os Açores querem ser a Nova Zelândia da Europa

Os Açores apresentaram este mês a candidatura a destino do turismo sustentável. O arquipélago poderá obter a certificação de região turística sustentável, atribuída pelo Global Sustainable Tourism Council, já em 2019. A cartilha de sustentabilidade foi assinada por 41 empresas, que assumiram o compromisso de aplicar os objetivos do desenvolvimento sustentável, declarados pelas Nações Unidas, na gestão das suas empresas e organizações, e de concertar as suas estratégias com a imagem da região enquanto destino turístico de sustentabilidade.

No mundo existem, atualmente, nove regiões certificadas, que inclui uma ou outra ilha, mas nenhum arquipélago. “Este é um processo longo e que envolve toda a comunidade, empresas, universidades, locais, além de implicar muito trabalho de estatística. Os critérios são imensos, têm diversas componentes – social, económica, ambiental, legislativa – e é necessário sensibilizar toda a comunidade para a questão”, explica Marta Guerreiro, secretária regional da Energia.

Para obter a certificação de região turística sustentável, é necessário cumprir uma série de critérios, que são avaliados e renovados anualmente. Conquistar este certificado seria uma mais-valia tanto para os Açores, como para Portugal. Não é por acaso que a taxa de crescimento de dormidas no arquipélago dos Açores ronda os 20% desde 2015, sendo que a meio de 2017 já tinha atingido os 17%. Os turistas gostam de ilhas, sendo que quanto mais elas se aproximarem do seu estado natural, melhor.

A certificação dos Açores faz parte da estratégia do governo português, que há um ano definiu como objetivo juntar três áreas: energia, ambiente e turismo. “Foi um primeiro sinal claro da importância da sustentabilidade para o setor. Além disso, 2017 foi declarado pelas Nações Unidas o ano internacional do turismo sustentável e considerámos uma oportunidade única para nos posicionarmos internacionalmente nestas matérias. Tivemos a sorte de receber um legado patrimonial e ambiental fantástico, que são os Açores, mas isso tem de ser visto como uma grande responsabilidade”, explica a secretária regional.

Fonte: Diário de Notícias