“Desdobramentos do readymade†é o novo programa do CCB
O CCB propõe refletir sobre as relações, continuidades e deslocações que o readymade mantém
Este programa de conferências, que vai ter lugar no Centro Cultural de Belém (CCB), no dia 24 de maio, procura perspetivar as ruturas artísticas introduzidas pelo readymade duchampiano e as múltiplas “ressonâncias” deste, como lhes chamou Thierry de Duve, nos desenvolvimentos da arte contemporânea produzida desde 1960 até à atualidade.
No momento atual, a estratégia do readymade está integralmente assimilada pelas práticas artísticas e pelos discursos da história e crítica da arte. Contudo, o CCB não deixa de reconhecer que ela participa também da apropriação da matéria digital junto de alguns artistas mais recentes, interessados nas condições de acaso e indeterminação do algoritmo, a par da flutuação global da imagem numérica ou dos processos de vigilância do digital e de recodificação de comportamentos e subjetividades.
Nestas cinco conferências, o CCB propõe refletir sobre as relações, continuidades e deslocações que o readymade mantém com estes momentos particulares da arte contemporânea – sem esquecer de olhar para o ano de 1914, em que um secador de garrafas, apresentado como objeto artístico, mudaria o curso da história da arte, assim como a própria ideia de arte.
Programa 24/05/18
09h45. Acreditação
10h15. Abertura
10h30. "Antinomias do readymade", por Pedro Lapa (FLUL)
11h30. Pausa
11h45. "Objetualismo, iconografia e sociedade de consumo: uma prática apropriacionista na afirmação da Pop Art", por David Santos (DGPC)
12h45-14h15. Almoço
14h30. "Duchamp disse: «Isto é uma obra de arte»; Broodthaers disse: «Isto não é uma obra de arte»”, por Sofia Nunes (FCSH)
15h30. "Pictures como readymade", por Susana Lourenço Marques (FBAUP)
16h30. Pausa
17h00. "Os filhos ideias de Duchamp", por Luísa Ribas (FBAUL)
Obs.: a duração de cada conferência será de aproximadamente 40 minutos, acrescendo 15 minutos para perguntas.
Este ciclo é organizado pela Revista Contemporânea, em parceria com o Museu Coleção Berardo, e tem curadoria de Sofia Nunes. A entrada é gratuita e está sujeita ao número de lugares disponíveis.
Fonte: Comunicado de Imprensa
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