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Quel Amour!? No Museu Coleção Berardo

Quel Amour!?
Por Francisco CANDEIAS hÁ¡ 7 anos
Categorias :
Cultura

Mas que amor, afinal?

Segundo comunicado à imprensa, o Museu Coleção Berardo propôs-se mostrar algumas “respostas” de vários artistas à pergunta que intitula a exposição inaugurada na passada quarta-feira dia 10 de outubro e que ficará em Portugal até dia 17 de fevereiro de 2019. 

 

Wolfgang Tillmans

Fotografias de Wolfgang Tillmans

 

Nesta exposição interessa explorar a pluralidade de reações que, ao longo do tempo, foram causadas pelo confronto com o Amor. Na verdade, aquilo que vemos é que apenas é possível falar de Amor através dos amores e desamores singulares que foram explorados nas várias obras escolhidas pelo curador e, também ele, artista Éric Corne.

 

Que o Amor ideal não existe é uma afirmação fácil de fazer, na medida em que é impossível aplicar o conceito universalmente. Assim, aquilo a que temos acesso em Quel Amour!? são relatos das experiências de artistas como Chantal Akerman, Helena Almeida, Louise Bourgeois, Sophie Calle, Lourdes Castro, Gérard Garouste, Nan Goldin, William Kentridge, Annette Messager, Raymond Pettibon, Germaine Richier, Kiki Smith, Ernesto de Sousa, Wolfgang Tillmans ou Francesca Woodman. 

 

Fotografias de Helena Almeida

 

Em boa verdade, nem se pode afirmar que sejam relatos na primeira pessoa, mas relatos daquilo que viram como representativo de um amor ou desamor, porque também o há na sua falta. 

 

Espalhados pelos pisos 0 e -1 estão amores violentos, melancólicos, fatais, serenos, tranquilos e arrebatadores. Há lamentos, há celebrações e manifestos. Há gritos mudos e outros bem audíveis, há o princípio e o fim de romances e reclamações de amor-próprio (que é tantas vezes deixado fora da conversação em torno deste tema do Amor).

 

A exposição prima, verdadeiramente, pela diversidade das obras que apresenta. Da instalação à escultura, à pintura e à música, são tantas as formas e os meios quantas as experiências. As obras são tão fortes quanto o tema está presente na vida de todos e todas. 

 

Portraits by Nan Goldin

Fotografias de Nan Goldin

 

Como dizer que todas as obras merecem destaque seria o mesmo que dizer que nenhuma o merece, sugerimos que se visite a instalação de vídeo Turbulent (1998) de Shirin Neshat, e a apresentação de slides All By Myself (1995-6) de Nan Goldin. Passe pela sala onde estão as pinturas de Paula Rego e não deixe de ver as fotografias de Helena Almeida ou as esculturas de Kiki Smith. 

 

Imagem: ©Helena Almeida. Sem título / Untitled, 2010. Prova em gelatina sal de prata / Gelatin silver print. Cortesia da / Courtesy of Galeria Filomena Soares.