Inauguração de 12 exposições na galeria de arte do Radio Palace
Pode visitar as exposições na galeria de arte do Radio Palace até 30 de Maio
De 19 de Abril a 30 de Maio, o histórico edifício Radio Palace vai presentear Lisboa com a exposição Sauvage, composta por exposições de 12 artistas diferentes. A primeira a ser inaugurada foi a Frank Gehry Collection para a Ferreira de Sá, no dia 31 de Março. Esta é composta por cinco impressionantes tapeçarias desenhadas por um dos arquitetos mais famosos do mundo.
Conheça as 12 exposições que inauguram a 19 de Abril:
“Primavera” de Bela Silva e Hugo Luz
Nesta mostra, a artista Bela Silva é desafiada a intervir sobre dez bases de candeeiro, de faiança, desenhadas pelo arquiteto Hugo Luz. As bases emergem por via de um cilindro que se multiplica sobre a forma de variação, fabricado através da olaria, um processo manual que permite que não existam duas peças iguais. Estas foram pintadas uma a uma por Bela Silva. Este desafio é diferente do universo escultórico em que Bela Silva habitualmente trabalha.
“Sem Título” de Bruno Bastos
Esta exposição foi inicialmente desenhada para o palácio do Marquês de Pombal, pretendendo representar uma natureza presente no mesmo, numa posição quase barroca de medo ao vazio. Trata-se de uma mimese moderna, em que os materiais e a técnica são assumidos no mesmo, o ferro enferrujado, as soldas visíveis e os cortes geometrizados, numa atitude anti-natura.
“Contêiner” de Carolina Duarte
Este projeto, que consiste na elaboração de uma ânfora (elemento de contenção e transporte do vinho), tem como objetivo levar os visitantes a reviver os costumes quotidianos da época ativa do palácio, no século XVII, em que existia uma maior cultura de ócio e o hábito de fazer faustosos piqueniques ao ar livre compostos por frutas exóticas, pão e vinho. Para conceber esta ânfora foi empregue um material industrial imperecível, a madeira de cofragem LANA, que atribui um carácter rústico e duradouro semelhante ao do vinho.
“Underwater Love” do atelier Ding Dong
O atelier Ding Dong criou uma instalação decorativa, composta por vários materiais, alusiva ao mar, para devolver a vida a um sereno salão aristocrático. No seio de um palácio do século XIX, pela mão dos criativos da empresa portuense, emergiu um espaço confortável e contemporâneo, urbano e místico criado para os olisoponenses do século XXI. Aliando a delicadeza das técnicas decorativas de há dois séculos à exclusividade dos papéis de parede pintados à mão, conspiram para criar um interior excecional e adequado à vivência da nossa época.
“A Fonte” de Eulalie Juster
O projeto “A Fonte” consiste numa instalação de vídeo que coloca o oceano no centro de tudo. Ele alimenta barrigas, orquestra os gestos, cria as histórias. A aldeia dos pescadores torna-se um teatro com as suas personagens que vão e vêm, trabalham, conversam segundo um ritmo que lhes é próprio. Os espetadores são convidados a prestar-lhes uma visita no sótão do Radio Palace cuja estrutura maciça evoca um casco de barco invertido.
“Pescadora” de Eulalie Juster
A “Pescadora” também é uma instalação de vídeo da artista Eulalie Juster, cuja protagonista é a Julinha, que vive perto de Lisboa, na Fonte da Telha. Esta foi a primeira pescadora de Portugal e é nela que este projeto se foca.
“Fertilidade” de Jéssica Burrinha
A peça “Fertilidade” é produzida em faiança e ferro. O foco desta obra baseia-se na exploração da disseminação dos frutos, na sua renovação e continuação para a vida.
“Sopro de vida” de Jéssica Burrinha
Mais uma peça de faiança da artista Jéssica Burrinha, desta feita que pretende evocar o mito de Zéfiro e Flora, reflectindo o equilíbrio e a natureza. O vento suave leva o pólen das flores, fazendo com que fecunde e renasça outra vegetação. A ideia de trazer do exterior para o interior, o vento que trás a vida, e a vida que começa a espalhar-se, é o objetivo desta obra.
“Pólos” de Mariana Sousa
Esta obra, produzida por moldagem em gesso, teve o seu início conceptual e estético ligado à temática dos opostos inseparáveis que se completam e equilibram, como pólos negativos e positivos indissociáveis. Estas duas formas opostas, que se complementam e existem necessariamente uma com a outra, foram desenvolvidas a partir da interpretação de um elemento escultórico barroco.
“Reveil” de Miguel A. Rodrigues
Esta obra é uma construção artística fabricada em PVC que nos evoca uma realidade de opulência aqui revisitada em formas e materiais novos. Uma sala adormecida que desperta numa mistura contemporânea entre a sua história e o seu futuro. Um despertar de uma sala, mas também o despertar de um novo caminho, de uma cidade, de Lisboa. O regresso a uma idade de "ouro", hoje dourada, plástica e veloz.
“Segunda Respiração” de Pauline Guerrier
Esta obra consiste numa árvore fabricada em cordas de barco (nylon), utensílios primários da construção das redes de pesca – base da alimentação dos habitantes costeiros – representa o pulmão do edifício. Ela dá aqui um “segundo sopro”, tanto ao lugar que a acolhe como aos materiais de que é constituída.
“Surface” de Pauline Guerrier
Uma instalação constituída por madeira, vidro, néon e nylon, a “Surface” apresenta-se antes de tudo como uma linha de horizonte luminosa. Aproximando-se desta instalação, o espectador descobre uma superfície flutuante fixada no tempo e no espaço. Suspendida por fios de nylon transparentes em certos locais, a obra, constituída por um tubo fino de néon azul, é feita para ser atravessada. O espetador é desafiado a decidir livremente o seu percurso.
“Aquila” de Sarah Valente
“Aquila” é uma instalação artística composta por caixas de madeira iluminadas com impressão em plexiglass. Esta instalação tenta estabelecer uma ligação entre a imensidade do oceano e a do espaço. Estas 88 imagens capturam os reflexos do sol sobre a água e as suas cintilações. Fotografadas à volta de Lisboa, elas evocam um mapa celeste reinventado. Estas constelações iluminadas graças à eletricidade lembram-nos que a poluição luminosa torna as estrelas impercetíveis afastando-nos do céu.
“O Sétimo Continente” de Sarah Valente
O sétimo continente é uma instalação inspirada pela descoberta do Capitão Charles Moore no Pacífico: Uma extensão de 3,5 milhões de km2composta por 90% de detritos Plásticos. Esta instalação articula-se á volta de 7 garrafas de água iluminadas pelos seus centros, suspensas perto do chão. As sombras projetadas lembram-nos a superfície do mar em movimento. As garrafas revelam assim um chamamento do oceano invadido pelos nossos detritos plásticos.
“Abandono” de Sofia Arez
Esta obra de Sofia Arez é composta por três quadros a óleo sobre tela. A pintura de Sofia Arez tem uma bio-lógica performativa. Estas obras são como as vicissitudes da vida, podem ser vistas de diversas formas, nos diversos dias. Podem ser tristes, melancólicas ou, por outro lado, encontrar a luz. Através da opacidade que resulta da sobreposição de ramos e folhas há sempre uma memória de horas de luz. Uma transparência que cresce com o tempo. Que adivinha a luz através da matéria. Uma confiança difusa no que está para além da superfície das coisas, do mundo.
Saiba mais sobre a Magnolia Gallery aqui.
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