My Lisboa com a jornalista Rosa Carreiro
“Lisboa tem um equilíbrio invejável entre ser uma capital com muito para ver e fazer e ser acolhedora”
Qual é a sua relação com Lisboa?
Moro na cidade há 15 anos (quase todos em Telheiras), quase metade da minha vida. Saí de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, para vir estudar para a faculdade e não pude ir embora – Lisboa não deixa. Também trabalho na zona norte da cidade.
Qual é, para si, a característica que distingue Lisboa das outras cidades?
É inevitável falar na luz, que combina na perfeição com o colorido dos prédios. Além disso, a dimensão, a escala. Lisboa tem um equilíbrio invejável entre ser uma capital com muito para ver e fazer e ser acolhedora. Não cansa, não nos esmaga, deixa-se conhecer e deixa-nos sempre fazer parte dela.
Qual foi a última descoberta que fez em Lisboa?
A Biblioteca Camões, ao cimo da Bica. Só surpresas boas - o edifício, a vista, o ambiente. Recomendo a moradores e turistas.
Biblioteca Camões
Qual é o seu restaurante favorito da capital?
A Osteria, conhecida por ser uma verdadeira tasca italiana. Comer para crer.
Quando precisa de um lugar para relaxar, onde se desloca?
Gosto muito de ir à Baixa, ao Chiado, ao Príncipe Real e às Avenidas Novas para andar pela rua, comer e estar com os amigos. Para tardes de maior descanso, nada como abancar num jardim com relva, com piqueniques improvisados. A Gulbenkian, o Jardim da Estrela e a Quinta das Conchas são bons exemplos. Para soltar a neura a dançar, o Roterdão e o Sabotage, no Cais do Sodré, raramente falham.
Jardim da Estrela
Qual é o segredo mais bem guardado de Lisboa?
Apesar de não ser segredo, penso que os turistas chegam pouco aos restaurantes do centro histórico de Carnide (a Adega de Carnide e a Petiscaria Cinco Elementos são os melhores). Já perto da Praça de Londres, o Martinez by LX Grill é ótimo para comer bem por um preço justo, fora da confusão da zona mais turística (e com ecrãs para ver a bola). Em termos de eventos, surpreende-me que não haja mais pessoas a aproveitar a programação gratuita de celebração do 25 de Abril, inclusive o concerto da véspera no Terreiro do Paço. Depois, há uma infinidade de recantos que fazem esquecer a confusão mesmo estando perto dela, como o pequeno pátio do restaurante/padaria Tartine, na Rua Serpa Pinto, ou o Palácio Pombal, na Rua de O Século.
Tartine
Qual o seu destino de compras de eleição na capital?
Quando há mais tempo, o Chiado e a Baixa. Quando os horários são mais apertados, o Colombo é a opção mais fácil.
Se tivesse de recomendar um museu lisboeta a um estrangeiro, qual seria?
O Museu da Cidade, no Campo Grande.
Museu da Cidade
Descreva Lisboa numa única palavra.
Diversidade (esta é a pergunta mais difícil e queria atirar uma palavra mais poética, mas na verdade só vejo ganhos numa diversidade de pessoas, pensamentos, sítios e ritmos).
Dê-nos uma ideia para Lisboa.
A ideia não é nova, apesar de parecer para o poder político: investir na rede de transportes públicos.
Quem é Rosa Carreiro?
Açoriana-sempre-com-saudades-de-casa, jornalista e orgulhosa moradora em Lisboa. Sou licenciada em Ciências da Comunicação pela Nova e trabalho há uma década na agência Lusa, onde estagiei. Fui correspondente noutros concelhos da Grande Lisboa e mais tarde, entre outros temas, acompanhei o funcionamento da Câmara de Lisboa. Atualmente, sou editora de País, secção em que sempre estive.
Não publiquei livros, mas já plantei árvores e sou uma babadíssima tia de duas bonecas. Adoro escrever, dançar, viajar (para fora e cá dentro, sobretudo com um lisboeta que me acompanha há uns bons anos). Nunca me canso de experimentar pastelarias, assistir a concertos e estar com a família e com os amigos.
Onde a encontra?
Facebook: facebook.com/rosa.carreiro.10
Twitter: twitter.com/rosamcarreiro
Artigos Relacionados
- Populares Recentes