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Orquestra Metropolitana toca em francês

Metropolitana em concerto francês
Por JoÁ£o GALVÁƑO hÁ¡ 7 anos

A Orquestra Metropolitana de Lisboa dedica um concerto a compositores franceses, no belíssimo Teatro Thalia

 

A Orquestra Metropolitana de Lisboa regressa ao Teatro Thalia, sábado dia 24 de fevereiro, pelas 21h00, com Paris-Lisboa, um concerto totalmente dedicado a compositores franceses inserido na Temporada Clássica.

 

Dirige o maestro e compositor Christopher Bochmann e serão interpretadas Le tombeau de Couperin, de Maurice Ravel, e, em estreia absoluta, a mais recente obra do compositor e musicólogo Alain Bioteau, Impressões Lisboa.

 

A encerrar o programa, a mezzo-soprano Carolina Figueiredo dá voz ao ciclo de canções Les nuits d’été, de Hector Berlioz.

O título que Hector Berlioz deu ao ciclo de canções Les nuits d’été faz alusão à comédia de Shakespeare, Sonho de uma Noite de Verão. Com efeito, duas das seis canções reconhecem-se no espírito feérico e primaveril que atravessa a obra do escritor inglês. Mas as restantes mergulham em sentimentos mais profundos, indo ao encontro de poemas de Théophile Gautier que ouviremos cantados na voz de Carolina Figueiredo.

 

O maestro Christopher Bochmann completa o programa com outras duas obras de compositores também franceses. De Maurice Ravel, ouviremos Le tombeau de Couperin, de 1919, um memorial de guerra que, na vez de tristeza e heroísmo, nos surpreende com uma suite de danças barrocas. Em tom sarcástico, remete para a nostalgia e graciosidade de uma experiência pouco provável em contexto de guerra.

 

Pelo meio terá lugar a estreia absoluta da obra mais recente de Alain Bioteau, compositor e musicólogo que se sentia em casa no nosso país, durante muitos anos. O título é mesmo Impressões Lisboa.

O Teatro Thalia é por si uma obra de arte, não musical mas arquitectónica: a Estrada das Laranjeiras, aquando da construção do palácio de que faz parte, no final do século XVII, era zona de veraneio e descanso, em pleno campo. No início do século XIX passou para a posse do 1º Barão de Quintela, mas foi o segundo barão que deu fama à casa. O 2º Barão de Quintela, primeiro Conde de Farrobo, era conhecido pelas suas extravagâncias e desmandos, ao ponto de ainda hoje em dia, em português vernacular, dizer de uma situação de festa desregrada e de pândega que tudo aquilo é “um forrobodó”. O Conde mandou embelezar a casa e a quinta que a rodeava, com estátuas e fontes, e importou leões, tigres e panteras que enjaulou para escandalizar e assustar as visitas mais conservadoras.

Em 1820 o amor que o Conde de Farrobo tinha pelas artes cénicas levou-o a construir este teatro adjacente à quinta, ao qual deu o nome de Thalia, a musa da comédia na mitologia grega. A falência do Conde votou a obra ao abandono, mas depois da recente recuperação é possível ainda ver algumas referências à beleza do essencial e sólido do edificado, como os volumes ainda presentes do foyer, da plateia e da cena. É neste belo espaço histórico que ouviremos a Metropolitana tocando francês.

 

Para saber preços, localização e tudo o mais sobre o concerto clique aqui.

 

 

Foto da Orquestra cedida pela própria.

Fotos do espaço retiradas do site da C. M. de Lisboa.